terça-feira, 5 de outubro de 2010


























Tipologia Textual


Sentado ao lado de uma cadeira almofadada - tons avermelhados, e perto de um degrau (escadas que dão pra onde?), vejo por um reflexo na taça de falso cristal, que pareço sentado no chão de mim mesmo. Mim mesmo.
Mergulho nos consortes da minhas cores. Minhas cores (texturas experimentais). E o tapete que me suporta dita a direção.
Voando por entre as lendas e os mitos, as mágicas e as magias, os sons se misturam e explodem dentro da cabeça: objeto curioso esse.
Em matas e matagais passei, cortando ventos e neblinas. Pescando no céu, usando gaivotas como isca.
O tapete-voador então me confessa que alguém me usa como isca também. E ao abrir os olhos, percebo que a pesca tilinta na taça.

Um sonho enternecido com pescas e vitrais - costura um sorriso em mim. Mim mesmo.
E as cores, as melhores cores, acetinam-se e se enroscam nos meus sapatos fora de moda. Ou na falta deles.

E assim quis o criador.




Nota: Já que a pouco falei a despeito de gin com alguém, a conversa me remeteu a alguém cuja mente embevecida, pudesse causar uma meia-alucinação.
Uma contradição juntamente de um devaneio.


Texto: Luana Palasadany

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